sábado, 29 de agosto de 2009

A NECESSIDADE DA ESCOLA DE PAIS


Por: Ângela Mathylde Soares

“Educar é permitir que o outro desenvolva suas faculdades na medida de suas necessidades e de seus interesses”. Paulo Freire

Meus amigos, educar o meu filho não é fazer dele um grande homem. Muitos pensam assim, mas não é isso. Educar é permitir que o nosso filho faça, cresça, desenvolva a si mesmo. Construa a si mesmo!
O nosso papel na educação de nossos filhos não é de fazedor, de ajudador. Quem tenta fazer do outro alguma coisa, deforma-o.
A vida brinca com a gente . Inicialmente o homem tinha tempo suficiente para viver junto com seus filhos, portanto, permitir que eles, os filhos, assistissem e participassem de seus atos, suas ações, seus comportamentos. O homem, era nessa época, o modelo na formação de seus filhos. Naquela época os filhos tinham em seus pais o espelho para sua formação, caminhavam sobre os rastros de seus pais. O pai fazia, o filho via e aprendia a fazer. Naqueles tempos não se castigavam os filhos. O filho via no pai a autoridade e respeitava (“bastava que o meu pai olhasse para mim!”). Com a instalação da modernidade, o homem não tem mais tempo de conviver com seus filhos o suficiente para ser modelo, e, por isso, foi artificializando a criação . Invento-se uma instituição para transmitir ensinamentos e a ela deu-se o nome de escola. E cada vez mais cedo encaminha seus filhos para essa instituição. Essa criação, que surgiu para seu auxiliar, hoje desempenha, muito freqüentemente, um papel importante que os próprios pais. Inventou-se a babá, que é pai mais tempo do que pais naturais. Hoje quem mais cuida de uma criança é a televisão o computador enquanto os pais lutam pelo sustento da família, matando um leão pôr dia.
E o mais complicado, meu caro amigo, é que ser pai não existe escola. Não existe um curso que, sendo aprovado, recebe um diploma autorizando a ser pai. Tem-se que improvisar a cada dia, a cada momento. E improvisar, sabemos, é arriscar. E arriscar numa missão de tamanha importância é complicado. O preço do desacerto é enorme, é irreversível.
Não somos culpados de sermos pais pôr tempo insuficiente para nossos filhos. Somos muito mais vítimas do que culpados. Agora, temos que ser dedicados, estarmos atentos e disponíveis na medida da disponibilidade de cada um. “Mais vale um minuto de boa qualidade, do que uma hora de má qualidade.”
Se não é dos pais o dever de fazer, é o de ajudar. Se não é o de educar, é o de facilitar. Se não é o de levantar o filho que caiu, é o de estimular para que ele se levante.

“Em relação aos filhos, é melhor chegar um ano antes do que um minuto depois”. (Paul Eugene Charbonneau)

Mas como saber o momento certo? Fique atento, meu amigo. Ensina-nos os mais iluminados que, em matéria de educação de filhos, é melhor chegar um ano antes do que um minuto depois. Tomara que você chegue ao seu filho um ano antes dele experimentar a droga, dele se prostituir, dele roubar, do que um minuto depois. E para que se chegue antes, é indispensável que você esteja atento, disponível, envolvido.
Quero, neste momento, lhe passar uma experiência de vida que, para mim, funcionou: envolva-se com outras famílias que têm as mesmas dificuldades. Pais com filhos em idades diferentes que as dos seus. Pais que convivam bem entre si e que experimentaram experiências e que, acertando ou não, podem compartilhar acertos e desacertos. A troca de aprendizados é a única universidade de que dispomos para permitir que nossos filhos conduzam suas naus a mares mais seguros.
Participe da Escola de Pais , lugar de reflexão ,trocas , ensinamento e intervenção.

Ângela Mathylde Soares
Professora, pedagoga,psicopedagoga ,psicanalista,escritora
Mediadora do PEI 1 e 2 ,scrrenner da síndrome de Irlem-Hospital de olhos
Mestre e Doutora em psicanalise

Prêmio Gente de Expressão-2009 - Noite Dourada da Sociedade Mineira

A 9º Edição da Noite Dourada da Sociedade Mineira- Gente de Expressão 2009 homenageou no último 29 de agosto no Minas II , com trajes a rigor e um maravilhoso baile a ilustre profissional Dra. Ângela Mathylde. Soares Trata-se de um reconhecimento público ao seu mérito e a sua bem sucedida trajetória, sendo destaque por sua brilhante atuação nas categorias PSICANÁLISE/PSICOPEDAGOGIA.

Este título/certificado simboliza o reconhecimento do sucesso dessa profissional entre tantos numa sociedade altamente competitiva e exigente.
A Dra. Ângela é uma das diretoras da clínica de Aprendizagem e Companhia e vem atuando em várias áreas educacionais das redes públicas e privadas com o mesmo dinamismo e competência característicos dessa grande mulher, que além de contribuir no desenvolvimento da sociedade como um todo, se preocupa com cada ser humano que passa por um de seus consultórios diariamente. Mesclando seriedade e bom humor, essa profissional deixa em seus pacientes, amigos, colegas de trabalho uma marca inconfundível de sua presença: a certeza da vitória pela fé, pelo esforço e pela responsabilidade. Profissional de destaque e de grande credibilidade reconhecida pela sociedade mineira.


Parabéns Dra. Ângela Mathylde pelo merecido prêmio!

Aprendizagem nas Escolas


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Oficinas de férias para profissionais de educação e saúde


Taxa de inscrição: R$ 50,00
Deposito na Caixa Econômica,
AG. 2432
Conta: 709-8
Envie para oficinasdeferias@aprendizagemecia.com.br , juntamente com o comprovante de depósito, os seguintes dados:
Nome:
Oficina desejada:
Telefone de contato:
e-mail:
Área de atuação:




quinta-feira, 21 de maio de 2009

MEU FILHO NÃO ESTÁ FALANDO BEM, E DAÍ?


Por: Marisa S. Viana

Logo que a criança nasce, há toda uma expectativa para ouvi-la falando. O choro é a primeira manifestação de voz, inclusive com bastante significado para as mães. Depois disso vem o balbucio, aquele bla-blá de sílabas e por volta de um ano as primeiras palavras vão sendo reconhecidas, para a alegria de todos.
È natural que as crianças falem de forma mais simplificada no início, entretanto, espera-se que por volta dos 5 ou 6 anos ela já esteja falando todos os sons da língua – inclusive os encontros consonantais.
Não é necessário aguardar esta idade para verificar se há algum problema com a fala da criança. A simples comparação com outras crianças da mesma idade, podem servir de parâmetro para os pais e professores, levando-os a verificar se há necessidade de buscar ajuda especializada.
Dentre as alterações comuns estão o atraso para começar a falar, falar trocando ou omitindo letras, falar com projeção da língua – a conhecida “Língua presa”, gaguejar, ou ainda falar com vocabulário e frases muito simples.
Diante disto os pais devem verificar se as crianças estão sendo estimuladas devidamente, se há outras pessoas na família que também tiveram dificuldades para falar, verificar se parecem escutar bem, ou se apresentam outros problemas associados como dificuldades para aprender, problemas respiratórios, dentre outros.
Há muito que pode ser feito pelos próprios familiares. Eles devem conversar e ouvir a criança, demonstrando interesse. Não se deve falar por ela ou antecipar seus desejos, e nem atender de imediato a seus gestos, e sim estimular para que fale. É importante que haja um esforço para se entender a fala dela. Fornecer um modelo de fala adequado é fundamental e diante das palavras pronunciadas inadequadamente pela criança, estas devem ser repetidas corretamente pelos pais, porém sem qualquer comportamento de repreensão, ou cobrança pela emissão correta. Cantar, contar histórias, fazer brincadeiras que envolvam sons pode fazer com que a criança se interesse por falar.
Se a criança persistir com dificuldades para falar é importante procurar um fonoaudiólogo para que este faça uma avaliação e possa orientar a família adequadamente ou desenvolver um programa terapêutico especializado. Falar bem é muito importante e há muito que pode ser feito para isto. Todo investimento deve ser feito para que nossa criança se desenvolva dentro de todo seu potencial.

Marisa de Sousa Viana Jesus
- Fonoaudióloga clinica atuando na Aprendizagem e Cia,
- Mestre e Doutoranda em Lingüística pela Universidade Federal de Minas Gerais,
- Professora do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Izabela Hendrix
- Professora do Curso de Especialização em Motricidade Orofacial da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais,
- Fonoaudióloga do Centro de Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais - CENTRARE (PUC Minas/Hospital da Baleia).

VOZ E FALA - COMPANHEIRAS DO BOM COMUNICADOR


Por: Marisa S. Viana

Para início de conversa, é importante diferenciar voz e fala. A primeira refere-se ao som resultante da vibração das pregas vocais, vibração essa que pode produzir o som do choro, da risada, da voz infantilizada, voz fina, grossa, forte, rouca e tantas outras conforme forem as condições de sua produção, ou mesmo, conforme forem as emoções – há quem diga que temos tantas vozes quanto forem nossas emoções.... Já a fala refere-se à articulação dos sons, assim pode-se falar até sem voz, o que ocorre quando se cochicha. A fala pode ser bem articulada conferindo credibilidade, ou pode ser produzida com movimentos imprecisos dos lábios ou língua, dificultando a comunicação com o ouvinte. A boa qualidade de ambas, fala e voz, é fundamental para aqueles que valorizam ser bem interpretados quando falam.
Vários profissionais têm a voz e fala como instrumentos de trabalho.. Dentre estes podem estar os professores, locutores, cantores, pastores, padres, palestrantes, dentre outros. Como bons comunicadores podem perceber que voz é mais que som, “voz é tato a distância”. A qualidade vocal do falante pode favorecer ou não o contato, ser um convite a ouvir o que está sendo falado ou pode afastar o ouvinte do processo de comunicação. As habilidades vocais do comunicador, sua saúde vocal, podem dar a ele liberdade de expressão, permitir que expresse o que as simples palavras não dizem. Por sua vez, a “voz que falha”, a voz debilitada, pode constituir um impedimento significativo no processo de falar e ser compreendido.
Se cuidados necessários não forem tomados, tais profissionais podem apresentar cansaço ao falar, voz rouca e com pouca projeção, chegando, às vezes a desenvolver lesões nas pregas vocais (nódulo ou calo). Com grande freqüência, fazem uso vocal sem o devido preparo prévio, utilizando voz com intensidade aumentada, com altura mais agudizada, durante muitas horas ao dia. Geralmente, o padrão vocal destes profissionais é adquirido intuitivamente, por falta de informação no período de formação ou no decorrer de sua atuação profissional. Com raras exceções, desconhecem os hábitos vocais saudáveis, que previnam o surgimento de alterações e doenças. Dessa forma, os profissionais requerem uma atuação profilática, que utilize técnicas que melhorem o desempenho de seu aparelho fonador, e conseqüentemente melhorem sua performance. Para isto, alguns cuidados são necessários. Aí vão as dicas, possivelmente esperadas pelo leitor que bem entende o que estou dizendo...
Sua voz deve ter o volume necessário para ser ouvida confortavelmente. A Voz muito alta é invasiva, não dá ao ouvinte a liberdade de escolha para ouvi-lo, ou não.
Evite falar por muito tempo seguido, lembre-se que somos dotados de dois ouvidos para uma boca.
Tenha o hábito de tomar água antes e durante a fala. Essa hidratação além de ser importante para todo o corpo, auxilia na vibração das pregas vocais, produzindo uma voz com menor esforço.
Quer saber um inimigo da voz? O cigarro, fumado ou aquele em que se acompanha alguém fumando, pois provoca irritação nas pregas vocais, além de doenças de complexidade maior.
Como última recomendação: se perceber algum dos sintomas de mau uso vocal citados, procure um especialista que possa orientá-lo melhor. Ou ainda, procure –o para que possa desenvolver seu potencial vocal, de forma que sua voz e fala sejam seus aliados para impressionar nas suas relações pessoais e/ou profissionais.

Marisa de Sousa Viana Jesus
- Fonoaudióloga clínica atuando na Aprendizagem e Cia
- Mestre e Doutoranda em Lingüística pela Universidade Federal de Minas Gerais
- Professora do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Izabela Hendrix
- Professora do Curso de Especialização em Motricidade Orofacial da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
- Fonoaudióloga do Centro de Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais - CENTRARE (PUC Minas/Hospital da Baleia).

Fissura Labiopalatina


Por: Marisa S. Viana

Este livro, organizado por mim e por Camila Di ninno, discute a prática fonoaudiológica voltada para pessoas com fissura labiopalatina. É uma literatura prática e aplicável ao cotidiano de alunos e profissionais interessados no tema.
Sensibilizadas, como professoras, por sermos frequentemente abordadas por alunos e profissionais interessados em desenvolver uma proposta terapêutica satisfatória ao atender pessoas com fissura labiopalatina, nos lançamos nesta tarefa de organizar e trazer a público um trabalho que mostra uma prática que dá certo. Para isto, os textos foram elaborados de modo a servir como um referencial prático, com fundamentação teórica, dicas, orientações e reflexões sobre ações que não são específicas apenas para este grupo de sujeitos, antes, com aplicações para a terapêutica fonoaudiológica mais ampla.
O livro foi organizado em duas partes. A primeira enfoca a prática do fonoaudiólogo e inclui a contribuição de diferentes áreas como a Medicina, a Odontologia e a Psicologia. Na segunda parte, profissionais de diversas partes do Brasil apresentam o serviço de Fonoaudiologia de centros especializados no atendimento aos portadores de fissura labiopalatina onde trabalham. Mostram uma rica visão de diferentes formas de se organizar e de agir, fornecendo subsídios para a re-estruturação dos centros já existentes e para a implantação de outros.
Os capítulos abordam a atuação junto a gestantes que tiveram o diagnóstico de fissura labiopalatina por meio do exame de ultra-sonografia; orientações a respeito das cirurgias primárias e da alimentação de bebês nascidos com fissura; aspectos relacionados à audição destes pacientes; as principais síndromes associadas às fissuras labiopalatinas e, em especial, a atuação junto a bebês com Seqüência de Pierre Robin; a estimulação de fala e de linguagem e a prevenção da instalação de compensações articulatórias; avaliação fonoaudiológica clínica e instrumental; estratégias terapêuticas e reflexões acerca da terapia para adequação da fala; as próteses de palato; a relação entre a Ortodontia, a Cirurgia Ortognática e a Fonoaudiologia; e os dois últimos capítulos que trazem contribuições da Otorrinolaringologia para o tratamento fonoaudiológico, em relação aos aspectos nasais e otológicos de crianças com malformações craniofaciais.
Estamos na expectativa de que o livro cumpra seu papel – incentivar uma prática terapêutica eficaz junto a estas pessoas com alterações na comunicação.



Marisa de Sousa Viana Jesus
- Experiência clínica em distúrbios da linguagem e aprendizagem, atuando na clínica Aprendizagem e Companhia.


- Fonoaudióloga Especialista em distúrbios da Comunicação pela UNIFESP
- Mestre em Lingüística pela Universidade Federal de Minas Gerais,
- Doutoranda em Lingüística pela Universidade Federal de Minas Gerais,
- Professora do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
- Mestre e Doutoranda em Lingüística pela Universidade Federal de Minas Gerais, Professora do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Izabela Hendrix e professora do Curso de Especialização em Motricidade Orofacial da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Fonoaudióloga

COACHING INTEGRAL CENTRADO EM VALORES

Por: Lúcia Canaan

A palavra coaching é inglesa e significa "carruagem", que na prática, é usada no sentido de transportar uma pessoa de um estado onde ela se encontra para outro onde deseja estar. O coaching é na realidade, mais uma ferramenta poderosa utilizada desde a antiguidade pelos filósofos e transportada para nossa época a partir da 2ª metade do século passado. Tida como uma metodologia cara, demorou a ser entendida, quanto à sua potência e resultados e desmistificada com relação à equação custo-benefício.

A intuição é a bússola que orienta a vida da maioria das pessoas, ora com excelentes resultados, ora com resultados menos felizes. Todas as pessoas têm sonhos, mas nem sempre se permitem realizá-los. É fundamental entender que cabe, a todos nós, o direito de sonhar, sem impor limites, permitindo que o coração se abra, tornando mais fácil priorizar os sonhos e transformá-los em resultados viáveis e factíveis.

O coach atua como facilitador nesse processo de crescimento e evolução, para alcançar o nível de excelência, com o uso da energia da própria pessoa, acreditando em sua capacidade de realização e conquista. É um processo que acontece pela força interna da convicção de cada um, pois é preciso acreditar, confiar e dar valor e importância ao objetivo que se deseja alcançar.

O Coaching Integral Centrado em Valores, através da busca interativa da solução de uma questão específica, se propõe a apoiar a transformação pessoal e/ou profissional, trabalhando no nível da consciência para despertar todo o potencial do cliente em um movimento direcionado a um Ser Humano mais evoluído, porém, mantendo sempre os pés no chão.

A busca e interiorização dos valores que norteiam a escolha de uma meta a ser trabalhada em cada processo, criam a base motivadora para elencar ações estratégicas e superar adversidades. A identificação e a ação transformadora de crenças limitadoras em paradigmas potencializadores, bem como o surgimento de insights valiosos incorporados de forma ágil e natural, potencializam a energia necessária para alavancar o crescimento pessoal e/ou profissional.

O foco de abrangência do coaching passa por vivências transformacionais, seja para uma transição de vida de melhor qualidade, a busca de equilíbrio para entrar em uma nova fase, a conquista de um projeto, uma barreira a ser vencida, o desenvolvimento de capacidades ou a busca de uma posição mais competente e autoconfiante, com maior valorização da sua própria vida, dependendo do desafio específico que se apresenta.

A utilização de técnicas e ferramentas simples, objetivas, lógicas, analíticas e com grande índice de assertividade, agiliza a obtenção de resultados, pelo decorrente método de reflexão utilizado durante o processo.

William Shakespeare disse que somos do mesmo tecido de que são feitos nossos sonhos. Para iniciar uma mudança é preciso fazer nossos sonhos acontecerem, resgatando crenças e valores que os potencializem e, como em todo projeto, definir estratégias para que sejam alcançados.

A realização de nossos sonhos acontece quando damos um primeiro passo em direção a eles.
Aqueles que procuram o coaching querem direcionar suas ações, obter resultados e têm expectativas em relação ao futuro de suas vidas.
E por isso são bem vindos.

Coach: Lúcia Canaan

domingo, 10 de maio de 2009

NEUROPSICOLOGIA INFANTIL


Por: Patrícia Hilar


O QUE É A NEUROPSICOLOGIA
Trata-se de um mapeamento cerebral, em que são avaliadas as funções cerebrais superiores como memória, atenção, raciocínio, linguagem, percepção, ou seja, todas as funções responsáveis pela eficiência intelectual. O exame possibilita quantificar as alterações dessas funções, assim como verificar se essas alterações estão compatíveis com a idade ou se já se configuram como um déficit, prejudicando o desempenho escolar

O PROFISSIONAL: NEUROPSICÓLOGO
O papel do neuropsicólogo é avaliar as funções cognitivas e comportamentamentais e reabilitar quando necessário.

O QUE É A AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
A avaliação neuropsicológica consiste em avaliar diferentes funções cognitivas como: atenção, concentração, as memórias visual e verbal, a capacidade de cálculo, planejamento, capacidade de abstração, habilidades viso-perceptivas, linguagem (compreensão e expressão orais, leitura, escrita), inteligência, e várias outras. São avaliados também, comportamentos fora dos padrões escolares ou familiares. Estas avaliações são feitas com testes e procedimentos padronizados que permitem quantificar o desempenho, fornecendo dados objetivos que comparam o indivíduo com outros da mesma faixa etária e escolaridade. A avaliação neuropsicológica permite determinar quais problemas estão causando as dificuldades e sugerir qual o melhor tratamento. Da mesma forma, o desempenho também pode ser prejudicado por comportamentos diferenciados para aquela escolaridade ou faixa etária ou por uma agitação excessiva. Nestes casos, também serão feitas a avaliação emocional e da personalidade da criança.

ALGUNS DISTURBIOS ENCONTRADOS PELO NEUROPSICÓLOGO

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): é um transtorno biológico, de causas genéticas, que aparece na infância. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" ou "ligados por um motor" (isto é, não param quietas por muito tempo).
Memória operacional ou de curto prazo: é um armazenador de capacidade flexível, que arquiva temporariamente as informações, sendo extremamente importante para o funcionamento cognitivo efetivo nas atividades cotidianas incluindo o rendimento escolar. Tal habilidade pode falhar quando há uma carga elevada de informações ou outras demandas cognitivas e requer esforço atencional.

Memória de longo prazo: é a que retém de forma definitiva a informação, permitindo sua recuperação ou evocação. Nela estão contidos todos os nossos dados autobiográficos e todo nosso conhecimento. Sua capacidade é praticamente ilimitada.
Atenção: é um processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e seleciona estímulos, estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos, provenientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois não seria possível e necessário a tender a todos. É um processo de extrema importância em determinadas áreas, como na educação, já que se exige, por exemplo, a um aluno que preste atenção às matérias lecionadas pelo professor, ignorando outros estímulos visuais, sonoros, como o que está acontecendo fora da sala de aulas (estando, neste caso, relacionado também com o problema da disciplina). Além da atenção concentrada, em que se seleciona e processa apenas um estímulo, também pode existir atenção dividida, em que são selecionados e processados diversos estímulos simultaneamente como quando se conduz um automóvel e se ouvem as noticias do radio simultaneamente. Dificuldades de aprendizagem e/ou emocionais como desânimo, tristeza, irritação, inquietação, falta de concentração e indisciplina. Estes são exemplos de comportamentos preocupantes que devem ser avaliados e tratados proporcionando uma melhor qualidade de vida da criança.

Dislexia: é uma disfunção cerebral localizada na área da linguagem e por isso afeta a fala, a leitura e a escrita. A lentidão na aprendizagem, dificuldade de concentração, palavras escritas de forma estranha, dificuldade de soletrar e troca de letras com sons grafias parecidas são alguns sinais de dislexia.
Afasia: perda da capacidade das habilidades da linguagem falada e escrita. Existem peculiaridades que diferenciam as afasias como sendo uma com linguagem preservada, outra com dificuldade na compreensão da linguagem e outra com todas as capacidades de linguagem prejudicadas.

Discalculia: desordem neurológica especifica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. A discalculia pode ser causada por um déficit de percepção visual. Quem possui esse déficit não necessariamente apresenta baixo nível de QI. A discalculia pode ser detectada precocemente e medidas podem ser tomadas para facilitar o enfrentamento dos problemas dos estudantes mais novos. O problema principal está em compreender que o problema não é matemática e sim a maneira que ela é ensinada às crianças.
Depressão Infantil: transtorno do humor capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente e interferir com seu processo de maturidade psicológica e social. São diferentes as manifestações da depressão infantil e dos adultos, possivelmente devido ao processo de desenvolvimento que existem na infância e adolescência.

Transtorno de Conduta (TC): consiste numa série de comportamentos que perturbam quem está próximo, com atividades perigosas e até mesmo ilegais. Esses jovens e crianças não se importam com os sentimentos dos outros nem apresentam sofrimento psíquico por atos moralmente reprováveis. Assim o comportamento desses pacientes apresenta maior impacto nos outros do que nos próprios. O transtorno de conduta é uma espécie de personalidade anti-social na juventude.


OBJETIVO
É possível ter o desempenho escolar prejudicado devido a vários fatores como estes citados a cima.
Nos casos de algumas dificuldades, o exame permitirá avaliar quais funções estão preservadas e quais estão comprometidas, fornecendo um perfil do indivíduo.
Poderá ser realizada em alguns casos a reabilitação cognitiva e em outros a criança deverá ser encaminhada a outro profissional mais indicado para tratar daquela deficiência encontrada.
Será feito o fornecimento de informações e orientações aos pais e professores para que estes saibam ajudar adequadamente no melhor tratamento indicado.
A equipe escolar também será auxiliada para melhor compreender os distúrbios encontrados para atuarem de forma eficaz frente aos problemas escolares relacionados aos transtornos.

QUANDO A AVALIAÇÃO NEUROPSICÓLOGICA É RECOMENDADA
A avaliação neuropsicológica é recomendada em qualquer caso onde exista suspeita de uma dificuldade cognitiva de origem neurológica ou comportamental.

O QUE É REABILITAÇÃO NEUROPSCOLÓGICA OU COGNITIVA
A reabilitação cognitiva estabelece estratégias para adaptar funções cognitivas afetadas, promovendo o melhor aproveitamento das capacidades preservadas, desenvolvendo o uso de estratégias compensatórias e aquisição de novas habilidades dando ao indivíduo uma melhor qualidade de vida em todas as suas atividades.

Patrícia Hilar Pôças
Neuropsicóloga da Aprendizagem & Companhia
CRP-04/24330
patricia.hilar@aprendizagemecia.com.br

sexta-feira, 8 de maio de 2009

TDAH e sua relação com a Aprendizagem


Por: Guiomar Albuquerque

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um problema de saúde mental que se caracteriza pelo comportamento desatento, hiperativo e/ou impulsivo. Trata-se de um dos transtornos de saúde mental mais pesquisados na medicina. Outros nomes já foram usados para esse transtorno, tais como: Lesão Cerebral Mínima, Disfunção Cerebral Mínima, Síndrome Hipercinética, entre outros. À medida que o conhecimento do problema vai avançando, os termos vem sendo modificados, tentando ajustar-se a uma caracterização mais precisa do transtorno. O TDAH tem uma prevalência na infância e adolescência em torno de 5%. Com esta taxa expressiva, sabemos que poderemos encontrar este transtorno do comportamento infantil em uma ou mais crianças em uma sala de aula de 30 alunos. O TDAH é, portanto, um enorme problema de saúde pública, que gera custos à sociedade advindos de comprometimentos nos âmbitos cognitivo, social, familial, acadêmico e ocupacional dos portadores deste transtorno. Sua forma de apresentação pode se manifestar em três diferentes sub-tipos diagnósticos: (i) predominantemente desatento; (ii) predominantemente hiperativo ou (iii) combinado, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (1994).
Segundo dados publicados em 2006 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o TDAH é uma condição neurobiológica muito mais comumente detectada em meninos do que em meninas. Ele afeta crianças em idade escolar no que tange à capacidade de sustentar a atenção, o que pode por sua vez levar a um comprometimento funcional no ambiente escolar grande o suficiente para chamar a atenção dos professores. As dificuldades de cunho lingüístico, pesquisadas inicialmente por Lima e Albuquerque em 2003, podem causar grande comprometimento acadêmico com maiores desdobramentos negativos para a auto-estima e para a vida pessoal dos portadores de TDAH. Dentre os impactos negativos relacionados ao comprometimento acadêmico, a literatura reporta que têm sido evidenciados importantes índices de Transtorno da Leitura ou Dislexia (o mais comum dentre os transtornos do aprendizado) em co-morbidade com o TDAH. Por exemplo, cerca de 10 a 45% das crianças diagnosticadas com Dislexia são também portadoras de TDAH.
Geralmente estas crianças incomodam não apenas os professores como também os colegas, por não conseguirem permanecer sentadas durante longos períodos, sendo comum levantarem várias vezes para pegar objetos que caem no chão ou mesmo para ir ao banheiro, dar voltinhas no pátio ou conversar com seus colegas de classe.
Esta inquietude e principalmente a desatenção podem comprometer o desempenho escolar destes sujeitos e geralmente repercutem de maneira negativa nas suas vidas. No entanto, estas dificuldades não se limitam ao ambiente acadêmico, sendo comum o relato de que estas crianças apresentam dificuldades de completar tarefas escolares tanto na escola quanto em casa. Elas não conseguem organizar um horário de estudo em casa e, mesmo quando decidem parar e estudar, precisam levantar inúmeras vezes para fazer diferentes coisas. Interrompem as tarefas chegando a precisar de um dia inteiro para concluir um dever de casa. Não é raro estas crianças não darem conta de terminarem as tarefas, visto que suas interrupções e a inserção de outras atividades no decorrer do estudo prejudicam a conclusão de quaisquer das tarefas iniciadas.
Além disso, tanto a inquietude quanto a desatenção repercutem negativamente em outros contextos (familiar, social) da vida do portador de TDAH, podendo, inclusive, gerar graves problemas emocionais. Estes sintomas podem, ainda, abrir portas para a associação de outros transtornos, como por exemplo depressão, ansiedade, abuso de substâncias, sobretudo quando não adequadamente diagnosticados e/ou tratados.
Para a realização do diagnóstico de forma mais segura é importante observar a presença dos sintomas a partir dos 7 anos de idade e com queixas perdurando há pelo menos 6 meses e em mais de um contexto. Esta idade de 7 anos é apenas para dar maior segurança ao diagnóstico, contudo, cada vez mais vemos crianças mais novas sendo diagnosticadas. Isso se deve à entrada das crianças cada vez mais cedo na vida acadêmica e é justamente neste contexto que elas mais precisam controlar a sua atenção e o seu comportamento. No entanto, deve-se tomar cuidado ao fazer diagnóstico de crianças menores devido ao período de maturação neurológica, que pode confundir o comportamento imaturo com o do TDAH.
Outro fator importante é que os sintomas do TDAH são crônicos, ou seja, afetam o indivíduo ao longo da vida e não apenas temporariamente. Portanto, não se pode diagnosticar um caso de TDAH caso os sintomas sejam inéditos ou existam apenas em circunstâncias específicas.
Freqüentemente os portadores de TDAH são encaminhados à avaliação da linguagem sob suspeita de Transtorno da Leitura (Dislexia), visto que as características de falhas de linguagem destes dois Transtornos são muito semelhantes.
Na ocasião da avaliação pode-se observar ainda melhor as características lingüísticas dessa população, pois são aplicadas tarefas que visam mensurar o acesso lexical e a memória operacional, dentre outras funções cognitivas, além das tarefas de leitura e de escrita. A avaliação da linguagem nos possibilita fazer um diagnóstico diferencial entre o TDAH e a Dislexia, permitindo a elucidação da real dificuldade do paciente. Sendo assim, a partir do momento que o paciente chega com uma queixa de dificuldades de aprendizagem, a avaliação esclarece se esta dificuldade advém do comportamento inadequado, de uma dificuldade específica de linguagem ou se as duas coisas ocorrem juntas e prejudica ainda mais o desempenho do paciente.

Guiomar Albuquerque
Fonoaudióloga
Doutora e Mestre em Linguística pela UFRJ
Diretora de Fonoaudiologia da ONG Centro Integrado de Psiquiatria da Infância e Adolescência (CIPIA-RJ)
Assessora Científica da Associação Nacional de Dislexia (AND)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Nova Alfabetização


Por: Rivane Coeli

Volta às aulas e reforma ortográfica. Esta dupla vem causando inquietação em pais, alunos e porque não, em professores.
A boa notícia é que as regras ortográficas da língua portuguesa estão mais simples e não há motivos para pânico. Apenas 0,45 % das palavras sofreram alterações, pelo menos aqui no Brasil.
A reforma ortográfica da língua portuguesa, que muda a grafia de algumas palavras trata-se de uma medida a qual busca unificar a forma como o idioma é escrito e ensinado nas oito nações que compõem a comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP). Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o acordo tal como o Brasil.
Todavia as grafias antigas também serão consideradas corretas ate o fim de 2010; mesmo em concursos!
Os especialistas, entretanto, recomendam que as pessoas comecem a se adaptar a reforma desde já. È importante lembrar que sabemos como escrever pela memória visual, então é imprescindível que veículos de comunicação tais como jornais, revistas, livros didáticos e paradidáticos estejam usando a nova grafia.
E como apenas ler não basta, precisamos treinar! Voltar ao dicionário(revisando) é essencial para evitar erros e adaptar-se facilmente a mudança.

Para quem pretende começar a praticar, aí vão algumas dicas:

1- As novas regras sempre suprimem sinais diacríticos das palavras,
nunca acrescentam. O trema por exemplo, sobrevive apenas em nomes próprios.
2- O acento agudo deixa de ser usado em palavras paroxítonas que contenham o encontro de vogais “ei” e “oi” com pronúncia aberta,como assembleia.
3- Os verbos que terminam em “eem” na terceira pessoal como leem e veem, não levam mais o acento circunflexo. O mesmo ocorre em palavras terminadas em “oo”, como enjoo.
4- Deixa de haver hífen quando o segundo elemento começar por r ou s. Por isso, as letras dobram, como em autossustentável. O mesmo ocorre quando o primeiro elemento terminar em vogal e o segundo começar com vogal diferente, como em autoestrada.
5- As letras k.w e y, abolidas em 1943, voltam a fazer parte do alfabeto.
6- O acento diferencial deixa de existir em palavras como pelo e pera.

É sempre bom lembrar que há dificuldades que não se restringem a reforma ortográfica (dificuldade de leitura e escrita deficiente) e que devemos estar atentos a tais dificuldades de não aprendizagem da nossa língua escrita. Se seu filho ao escrever realiza trocas constantes, tais como: F pelo V; G pelo C; B pelo P; S pelo Z; não nota a diferença do uso de S, SS, Ç; omite ou acrescenta letras nas palavras; entre outras. E ainda, sofre no momento de realizar o para casa; responde a perguntas oralmente, mas fica confuso na construção de respostas (ou textos) escritas; letra ilegível. É hora de solicitar uma avaliação psicopedagógica para investigar as possíveis causas, ajudando a garantir o sucesso do seu filho.

Rivane Coeli Reis
Alfabetizadora,
Mediadora do PEI,
Psicopedagoga da equipe Aprendizagem e Cia.

ATIVIDADE FÍSICA: Benefícios e Orientações


Por: Thiago Luiz Queiroz Ferreira

A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas idéias que tentavam explicar a associação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética à prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental; a outra proposta, dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia, sabe-se que os dois conceitos são importantes e se relacionam: a constituição genética e as condições ambientais.
A Atividade Física é definida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso. Podemos acrescentar que é também qualquer esforço muscular pré-determinado, destinado a executar uma tarefa, seja ela um "piscar de olhos", um deslocamento dos pés, e até um movimento complexo de finta em alguma modalidade esportiva. Modernamente, o termo refere-se em especial aos exercícios executados com o fim de manter a saúde física e mental, em outras palavras, a "boa forma".
O ser humano foi preparado para um tipo de vida extremamente ativa do ponto de vista físico e a vida moderna mudou radicalmente esta perspectiva. Este fato trouxe importantes implicações sobre o padrão de doenças e também na associação entre hábitos de vida e saúde.
No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso país.
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível sócio-econômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência. Pessoas de todas as idades, que estão de um modo geral inativas fisicamente, podem melhorar sua saúde e bem-estar ao praticar atividade física moderada regularmente. A nossa saúde está relacionada diretamente à nossa atividade física.
A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. A redução dos níveis de ansiedade, stress, das náuseas e da dor, um sistema imunológico fortalecido, tornando o organismo menos sujeito a doenças, são alguns desses benefícios adquiridos com a prática de uma atividade física regular, sendo a inatividade física associada a dietas inadequadas, ao tabagismo, ao uso do álcool e outras drogas, um fator determinante na ocorrência e progressão de doenças crônicas que trazem vários prejuízos ao ser humano, como por exemplo, redução na qualidade de vida e morte prematura nas sociedades contemporâneas.
Uma atividade física regular pode melhorar sua saúde e reduzir os riscos de morte prematura das seguintes formas:
· Reduz o risco de desenvolver doença cardíaca coronária e as chances de morrer disso;
· Reduz o risco de infarto;
· Reduz o risco de ter um segundo ataque cardíaco em pessoas que já tiveram um ataque;
· Diminui tanto o colesterol total quanto os triglicérides, e eleva o bom colesterol (HDL);
· Diminui o risco de desenvolver pressão alta;
· Ajuda a reduzir a pressão arterial em pessoas que já têm hipertensão;
· Diminui o risco de desenvolver diabetes tipo II (não dependente de insulina);
· Reduz o risco de câncer de cólon;
· Ajuda as pessoas a conseguir e manter um peso ideal;
· Reduz os sentimentos de depressão e ansiedade;
· Promove o bem-estar psicológico e reduz sentimentos de estresse;
· Ajuda a construir e manter articulações, músculos e ossos saudáveis;
· Ajuda pessoas mais velhas a ficarem mais fortes e serem mais capazes de moverem-se sem cair ou ficar excessivamente cansadas.
A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar.
Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas habituais, maiores serão os benefícios para a saúde. Porém, as maiores diferenças na incidência de doenças ocorrem entre os indivíduos sedentários e os pouco ativos. Entre os últimos e aqueles que se exercitam mais, a diferença não é tão grande. Assim, não é necessária a prática intensa de atividade física para que se garanta seus benefícios para a saúde. Atividades que consomem mais energia podem ser realizadas por menos tempo e com menor freqüência, enquanto aquelas com menor gasto devem ser realizadas por mais tempo e/ou mais freqüentes.
A escolha da atividade física a ser desempenhada é feita individualmente. A escolha passa pela interpretação do estado de saúde, nível de condicionamento físico, objetivos perante a prática das modalidades e afinidades pessoais. Com a união desses fatores, aumenta-se a possibilidade de permanência do estilo de vida ativo.

• Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando.
• Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves.
• Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se a tipos de lesões em determinados indivíduos que já são predispostos.

A opção por uma ou outra forma de atividade física deve ficar por conta do prazer que cada pessoa encontra na sua prática. Seria interessante incluir a variabilidade na escolha (praticar mais de um tipo de atividade), associando o trabalho aeróbico com o trabalho de força ou localizado, e o trabalho de flexibilidade, formando um programa completo em termos de promoção da saúde.
A prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. Caso sinta algo diferente é mandatório informar ao responsável. Outro ponto importante, que não deve ser esquecido, é a adoção de uma alimentação saudável. E lembre-se: beba muito líquido (de preferência água e sucos naturais).
A atividade física consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados, realizados repetitivamente. Eles conferem benefícios aos praticantes e têm seus riscos minimizados através de orientação e controle adequados. Esses exercícios regulares aumentam a longevidade, melhoram o nível de energia, a disposição e a saúde de um modo geral. Afetam de maneira positiva o desempenho intelectual, o raciocínio, a velocidade de reação, o convívio social.
Mas o que deve ser ressaltado é o investimento contínuo na qualidade de vida, onde as pessoas devem buscar formas de se tornarem mais ativas em suas rotinas diárias, subindo escadas, saindo para dançar, praticando atividades como jardinagem, lavando o carro, passeando no parque.
A palavra de ordem é Movimentar-se.


Thiago Luiz Queiroz Ferreira
Fisioterapeuta e Terapeuta Holístico
Especialista em Terapias Manuais

domingo, 19 de abril de 2009

É hora de dormir, já pra (SUA) cama!


Por: Flávio Pimentel

Tem sido cada vez mais comum vermos, nos dias de hoje, novos modelos familiares compondo nossa sociedade. Mães solteiras, casais divorciados revezando a guarda dos filhos, crianças morando com os pais e avós... Ou seja, combinações diferentes do (tradicional) modelo pai, mãe e filho (s). Neste contexto, muitas vezes marcado pela ausência do pai, um problema tem se tornado comum: mães e filhos (as) dormindo juntos. Abaixo, explicaremos a razão de tal costume poder ser um problema para o desenvolvimento emocional da criança.
Ao nascer, o bebê vive um estado de completa dependência dos cuidados maternos, sem os quais não sobreviveria. A mãe volta o seu olhar para o filho, lançando mão de toda a sua energia e atenção, numa atitude de inteira prontidão para satisfazer aos chamados do novo rebento.
Este cuidado se faz essencial para criar nesta criança uma marca (emocional) de se sentir valorizado, cuidado, desejado. Algo como se deste cuidado materno brotasse uma ferramenta (mental) na criança, que lhe permitisse seguir adiante, na vida, de forma segura, confiante e criativa; não só para brincar (atividade importantíssima, na infância), mas para lidar com variadas situações da vida, inclusive problemas e dificuldades.
No entanto, esta intensa relação mãe-bebê, que marca os primeiros momentos da vida, precisa, gradativamente, diminuir em intensidade; a partir desse movimento o bebê vai se sentindo, cada vez mais, como alguém diferente da mãe - que antes, por estar tão junta, era como se fosse uma extensão de seu corpo, de seu ser.
Estamos falando, aqui, dos primeiros passos rumo à formação de uma identidade, de perceber que existe um “eu” e existe um “outro”, tudo isso por volta do 8º mês de vida; a presença do pai (ou alguém que o represente), neste momento, é fundamental: ela irá facilitar esse distanciamento entre mãe e bebê.
O bebê precisa se distanciar para desenvolver-se emocional e intelectualmente; a mãe precisa se distanciar para voltar à vida, antes dedicada somente ao filho. Por esse motivo essa mãe que, até então, estava o tempo inteiro ali, junto ao filho, pronta para atender quaisquer necessidades, começa a se ausentar em alguns momentos.
E é a partir desses momentos que o bebê vai desenvolvendo seus próprios recursos para lidar com o sofrimento de querer a mãe, a tempo e a hora, e não tê-la. Então começam a aparecer, nestas condições, paninhos, bicos, pedaços de fralda, bichos de pelúcia, e outros tantos objetos dos quais a criança não abre mão de sua “companhia”, sobretudo na hora de dormir (somente um objeto é escolhido pela criança).
Estes objetos dão segurança a esses pequenos e, neste sentido, são como substitutos da mãe; são muito importantes para o desenvolvimento intelectual e emocional do indivíduo, pois são resultados de um exercício mental da criança que, por meio da fantasia, atribui a eles um significado que vai além de sua utilidade: um paninho de fralda não é mais um paninho; o ursinho de pelúcia não é mais um simples ursinho; eles ganham “vida” e se tornam “companheiros inseparáveis”. A criança se torna capaz, por ela mesma, de criar um alento emocional (elegendo seu objeto), e não fica “presa” à presença da mãe, para tal. Esta é uma das primeiras manifestações de uma maturidade emocional: a capacidade de estar sozinho.
Pois bem, dito isso voltamos ao problema principal, tratado neste texto: mães que dormem com os filhos. Ora, deixá-los dormirem juntos da mãe é privá-los de desenvolver suas próprias habilidades internas para dar conta da solidão; isto seria um estímulo à imaturidade emocional. Ou seja, as crianças passam a contar com um “suporte” afetivo (mãe), que vem de fora, que é concreto (carne e osso), ao invés de contar com um “suporte” próprio, estruturado por fantasias, sonhos, imaginações, dando lhe conforto e segurança para agüentar a noite e a solidão.
Tal situação pode gerar um doloroso vazio existencial - se entendermos esse vazio como uma insegurança para se firmar diante da vida - manifestando-se em insônia, dificuldades escolares, agressividade intensa, para citar algumas (possíveis) consequências. Mais adiante, o conforto emocional, visto que a mãe (carne e osso) não se faz mais presente, pode ser buscado pelo uso/abuso de drogas, remédios, alimentos e qualquer tipo de tentativa (desesperada) de preencher um buraco emocional, um vazio, que não pode ser preenchido pelo simples reconhecimento da integridade do seu ser.

Belo Horizonte, abril de 2009.
Flávio Pimentel é psicólogo da Aprendizagem & Companhia
Pós-graduando em Psicologia Médica pela UFMG

PEI: Uma nova proposta de intervenção na Dislexia e Síndrome de Irlen


Por: Suely Mesquita

A dislexia é uma dificuldade que está relacionada com a percepção do texto escrito. Podemos dizer então que a primeira tarefa de um bom leitor diante do texto é a do tipo perceptivo ou sensorial, ao extrair informação do texto escrito, através do reconhecimento da palavra escrita (decodificação) e sua análise lingüística. A percepção visual do texto relaciona-se com os movimentos sacádicos e as fixações do olho. Então a leitura está relacionada com a percepção visual que é a capacidade de retirar informações, conhecimento do mundo visível.(Martins, .Por outro lado, numa abordagem psicolingüística, a dislexia é uma dificuldade na aprendizagem da leitura relacionada ao reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos (grafema) e o fonema e a transformação dos símbolos gráficos em linguagem verbal.
Com a descoberta da Síndrome de Irlen cujo foco está no processamento visual e sensibilidade à luz, podemos ter mais uma ferramenta ao nosso dispor para amenizar as dificuldades desses leitores quando do uso do overlay ou dos filtros espectrais.
Mas para os profissionais que acompanham essas pessoas fica a dúvida: como intervir para torná-las mais eficientes em sua vida acadêmica?
No atendimento psicopedagógico tenho tido resultados significativos com o Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI). Trata-se de uma nova tecnologia pedagógica e psicológica, inovadora, criada pelo Prof. Dr. Reuven Feuerstein em Israel que proporciona aos indivíduos uma melhor relação com a aprendizagem.
“Não sabe se organizar”, “é desatento”, “começa e não termina uma tarefa”, “é impulsivo”, “tem boas idéias mas não consegue colocá-las no papel”, “estuda mas não consegue tirar boas notas na escola”, “não compreende o que lê” sem falar na auto estima comprometida. Essa é uma realidade que encontramos quando se trata de pessoas com dificuldades de aprendizagem.
A proposta do PEI é ensinar o indivíduo a pensar sobre os próprios processos e assim ganhar autonomia. É aprender como aprender. Na experiência do consultório atendo vários pacientes que usam os filtros espectrais e apresentam dislexia. O foco do trabalho está em desenvolver e aprimorar as operações mentais que mais atrapalham essas pessoas, são elas: o trabalho com mais de uma fonte de informação, análise e síntese, o controle da impulsividade, representações mentais, precisão e exatidão na coleta de dados, orientação espaço-temporal, dentre muitas outras ( Gomes, 2002). E a mais importante delas: o sentimento de competência.
Segundo Erica Werber, “o uso dos filtros e o PEI modificaram minha vida, agora não tenho medo de enfrentar desafios... em pouco tempo, já consegui ler dois livros com um nível de compreensão que não tinha antes!” (sic.). Já Rafael Horta sente-se mais seguro na escola, passou a gostar de ler e as notas melhoraram. Ainda não terminou o programa mas a diferença já é perceptível pela família e pela escola !!
Essas pessoas tornaram-se conscientes de suas dificuldades e de seus processos e passaram a criar novas estratégias para melhorar seu conhecimento e elevar seu sentimento de competência – muitas vezes comprometido pelo fracasso escolar ou profissional.
Nas palavras do Prof. Feuerstein: “Educar é uma aposta no outro”. Por isso o PEI precisa ser conhecido nas escolas e clínicas para que a Educação ganhe um novo olhar sobre o processo de aprendizagem e a hora de começar é agora !!

Suely Mesquita
Mediadora do PEI pelo ICELP – Israel
Psicopedagoga Clínica e Institucional do Hospital de Olhos
Psicopedagoga da aprendizagem & Companhia
Suelymesq@gmail.com

Escola de Pais



Data: 23/04/2009 às 19:00hs
Inscreva-se pelo telefone: (31) 3372-7231
Próximos encontros:
21/05/2009
25/06/2009
23/07/2009
20/08/2009
17/09/2009
22/10/2009
19/11/2009
17/12/2009

Ciclo de Plestras - Abrindo Janelas

Ciclo de Palestras
Promovendo reflexões sobre diversas áreas do conhecimento, necessárias à atuação do profissional envolvido com saúde e educação.

Acontece uma vez a cada mês, sempre às quintas-feiras às 19:00h

Deposite R$ 15,00 na Caixa Econômica Federal
Agência......: 2432
Conta........: 709-8
Operação....: 003
Faça sua inscrição pelo tel: (31) 3372-7231 informando o Nr. de identificação do depósito

Próximos temas:

14/05/2009
Processos interventores no raciocínio lógico-matemático
Psicopedagoga Suely Mesquita

18/06/2009
Primeiros passos da aprendizagem
Psicopedagoga Djanira Damasceno

09/07/2009
Desenho infantil: o espelho da família
Psicanalista Dra Ângela Matilde Soares