terça-feira, 5 de maio de 2009

Nova Alfabetização


Por: Rivane Coeli

Volta às aulas e reforma ortográfica. Esta dupla vem causando inquietação em pais, alunos e porque não, em professores.
A boa notícia é que as regras ortográficas da língua portuguesa estão mais simples e não há motivos para pânico. Apenas 0,45 % das palavras sofreram alterações, pelo menos aqui no Brasil.
A reforma ortográfica da língua portuguesa, que muda a grafia de algumas palavras trata-se de uma medida a qual busca unificar a forma como o idioma é escrito e ensinado nas oito nações que compõem a comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP). Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o acordo tal como o Brasil.
Todavia as grafias antigas também serão consideradas corretas ate o fim de 2010; mesmo em concursos!
Os especialistas, entretanto, recomendam que as pessoas comecem a se adaptar a reforma desde já. È importante lembrar que sabemos como escrever pela memória visual, então é imprescindível que veículos de comunicação tais como jornais, revistas, livros didáticos e paradidáticos estejam usando a nova grafia.
E como apenas ler não basta, precisamos treinar! Voltar ao dicionário(revisando) é essencial para evitar erros e adaptar-se facilmente a mudança.

Para quem pretende começar a praticar, aí vão algumas dicas:

1- As novas regras sempre suprimem sinais diacríticos das palavras,
nunca acrescentam. O trema por exemplo, sobrevive apenas em nomes próprios.
2- O acento agudo deixa de ser usado em palavras paroxítonas que contenham o encontro de vogais “ei” e “oi” com pronúncia aberta,como assembleia.
3- Os verbos que terminam em “eem” na terceira pessoal como leem e veem, não levam mais o acento circunflexo. O mesmo ocorre em palavras terminadas em “oo”, como enjoo.
4- Deixa de haver hífen quando o segundo elemento começar por r ou s. Por isso, as letras dobram, como em autossustentável. O mesmo ocorre quando o primeiro elemento terminar em vogal e o segundo começar com vogal diferente, como em autoestrada.
5- As letras k.w e y, abolidas em 1943, voltam a fazer parte do alfabeto.
6- O acento diferencial deixa de existir em palavras como pelo e pera.

É sempre bom lembrar que há dificuldades que não se restringem a reforma ortográfica (dificuldade de leitura e escrita deficiente) e que devemos estar atentos a tais dificuldades de não aprendizagem da nossa língua escrita. Se seu filho ao escrever realiza trocas constantes, tais como: F pelo V; G pelo C; B pelo P; S pelo Z; não nota a diferença do uso de S, SS, Ç; omite ou acrescenta letras nas palavras; entre outras. E ainda, sofre no momento de realizar o para casa; responde a perguntas oralmente, mas fica confuso na construção de respostas (ou textos) escritas; letra ilegível. É hora de solicitar uma avaliação psicopedagógica para investigar as possíveis causas, ajudando a garantir o sucesso do seu filho.

Rivane Coeli Reis
Alfabetizadora,
Mediadora do PEI,
Psicopedagoga da equipe Aprendizagem e Cia.

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